domingo, 21 de fevereiro de 2010

Viana do Castelo

Viana de Castelo é uma cidade portuguesa da região do Alto Minho, situada entre o mar e o rio e rodeada de uma zona rural altamente produtiva que permite aos seus habitantes conservarem e cultivarem as suas tradições e usos populares de longa data. Viana do Castelo é uma cidade do século XIII (fundada em 1258), mas também aí poderá encontrar ruínas de uma citânia pré-romana no monte de Santa Luzia.

História

A história da criação de Viana da Foz do Lima, como era chamada , deve a sua fundação a D. Afonso III, que lhe concedeu foral em 18 de Julho de 1258, fazendo erguer junto à foz uma robusta torre de modo a afastar os piratas provenientes da Galiza e Norte de África, que frequentavam esta região.
O Florescente comercio marítimo com o norte da Europa, para onde os barcos levavam o vinho, fruta e sal trazendo em troca cutelarias, panos, tapeçarias e vidro, faz de Viana uma terra de ricos armadores, que dotaram a povoação de um vasto território monumental e artístico. D. Maria II, para premiar o gesto de lealdade da população de Viana, que não se rendeu às foças sublevadas do Conde das Antas, determinou que fosse elevada à categoria de cidade com o nome de Viana do Castelo em 20 de Janeiro de 1848.
Na cidade moderna, que cresceu junto ao rio Lima, poderá encontrar ruas velhas onde talvez possa ouvir o sussurro da antiga cidade medieval.
O centro histórico é bem delimitado e aqui misturam-se e sobrepõem-se estilos diferentes, desde o manuelino até o barroco. Preserva-se um conjunto impressionante de casas nobres e de praças Sede de Conselho e Capital de distrito, a cidade de Viana do Castelo, conhecida por " princesa do Lima " situa-se na margem direita do rio Lima, junto à foz a cidade estende-se entre o mar e o rio em terreno quase plano. A construção naval é a sua actividade industrial mais importante, sendo também importantes as celuloses e o ramo alimentar.

O seu ex-libris é a Basílica do Monte de Santa Luzia, construída, no início do século XX, à semelhança do Sacré Coeur de Montmartre (Paris), de onde se pode admirar uma vista espectacular não só sobre a cidade e as praias atlânticas como igualmente, em dias de céu limpo, desde a Póvoa do Varzim, a sul, até ao monte de Santa Tecla, em Espanha. Um funicular, a funcionar durante o verão, estabelece a ligação entre a cidade e o cimo do monte, onde, para além da basílica e jardins envolventes, pode ser observado o imponente edifício da Pousada.
Viana distingue-se no desenvolvimento das nossas póvoas marítimas medievais e modernas. Lucrou devido ao desenvolvimento do comércio marítimo e ao dinamismo da sua gente. Desde muito cedo se fez ao mar largo, levando homens, vinho e sal, mercadejando produtos ultramarinos e trazendo outros bens, como os panos e o bacalhau. Viana tem como que um microclima arquitectónico, em que o seu centro histórico foi preservado e manteve-se adverso às modas passageiras, mantendo o seu traçado inicial.
É em Maio, com as Festas das Rosas ou dos Cestos Floridos de Vila Franca do Lima, que começa o ciclo das Festas Vianenses é, sem dúvida, em Agosto, nas incomparáveis e magníficas Festas de Nossa Senhora d'Agonia, que a tradicão atinge o seu maior expoente. A procissão ao mar e as ruas da Ribeira, enfeitadas com os tapetes floridos, são testemunhos da profunda devoção religiosa. A etnografia tem o seu espaço nos desfiles do Cortejo Etnográfico e na Festa do Traje, onde se podem admirar os belos trajes de noiva, mordoma e lavradeira, vestidos por lindas minhotas que ostentam peitos repletos de autênticas obras de arte em ouro.

Trajes
O trajo tradicional de um povo é simplesmente um entre os numerosos indicadores sócio - culturais e históricos deste e reflectem os vários parâmetros que contribuem para a coesão de uma unidade social.
Qualquer região portuguesa conta com trajos de ordem cerimoniosa e uma variedade de uso quotidiano, indicando estes os valores culturais, religiosos, morais, de riqueza, as actividades económicas da zona, e a repartição de tarefas entre o homem e a mulher. No geral, as características dos trajos portugueses indíciam a lavoura e pesca como as principais actividades do território.Embora ostentando semelhanças de norte a sul, os trajos tradicionais portugueses oferecem uma signficativa diversidade, sendo possível identificar a unicidade de cada uma das regiões que compôem o território nacional.


Os bordados

É pois muito antiga a tradição do bordado português de Viana do Castelo e assim os seus motivos não só nos transportam a um passado cuidadosamente preservado como nos encantam pela sua ingenuidade e graça espontânea. Os bordados são uma das marcas da cidade de Viana do Castelo, a par da filigrana. O bordado de Viana do Castelo data do tempo em que as camponesas tinham por hábito alindar as suas roupas. Os motivos do bordado são utilizados no traje e em toalhas de mesa e inspiram-se em flores (rosa, lírio, campânula, japoneira), folhas (hera, trevo), animais domésticos, símbolos, elementos geométricos, sendo o mais característico o coração. A linha é de algodão azul, vermelha e o pano de cor branca ou crua. Os pontos utilizados são: formiga, pé de flor, cadeia, crivo, grilhão entre outros. Estes bordados inspiram-se nos trajes antigos das populações rurais femininas. Eram realizados em algodão e fio de lã.

Algumas características dos Bordados de Viana

Os bordados de Viana podem ser encontrados em diversos objectos, como panos de mesa, toalhas, vestidos, camisas, sacos de trabalho, caixa de amêndoas, capas de álbuns, entre outros. Inspiram-se em flores (rosas, lírio, campânula, japoneira), folhas (era, trevo), animais domésticos, símbolos, elementos geométricos, sendo o mais característico o coração. Estes bordados, inspiram-se nos trajes antigos das populações rurais femininas, e eram realizados em algodão (a camisa, o lenço de amor, o lenço de balbinete e as chinelas) em fio de lã (saias, aventais, algibeiras, e coletes, cujos bordados são enriquecidos com o emprego de “ruches”, missangas, vidrilho e lantejolas, sendo todos contornados por um “fio de brilho”, ou seja, um fio grosso de algodão branco, em volta do qual se enrola em espiral, uma delgada lâmina metálica).
a) Os bordados no traje à Vianesa
Podemos encontrar bordados nos trajes à vianesa na saia, no avental, no colete, na camisa, na algibeira, nos lenços de amor, nas chinelas (trajes de festa), e nos lenços de balbinete.

b) Características das temáticas dos bordados
As silvas, os corações, as rosas, as japoneiras, as foices, os frutos, os animais e alguns elementos geométricos (triângulo, quadrado e losango) são os principais elementos que constituem os bordados
c) Os pontos dos bordados

Os pontos dos bordados eram um trabalho manual que requeria muita paciência e talento. No entanto, hoje em dia, com o avanço da técnica, muitos desses pontos são executados à máquina, o que faz com que estes percam alguma qualidade. Os pontos são vários: ponto aberto, cheio, cordão, crivo, ponto de cruz, espinha de peixe, ponto formiga, nozinho, pé de flor, pregas de imprensa, cadeia, grilhão, etc.

d) A cor dos bordados
Os bordados de Viana distinguem-se pela variedade de cores utilizadas: azul, vermelho e branco; ou apenas azul e branco ou vermelho e branco.

Filigrana

Filigrana é o trabalho ornamental feito a partir de fios de ouro desde a época dos romanos. Este trabalho é feito no norte do nosso país.A filigrana é a arte de trabalhar finíssimos fios de ouro e, soldando-os ou enroscando-os obter com eles os mais variados desenhos. São conhecidos 2 tipos de filigrana: a filigrana de aplicação que é utilizada na decoração de formas tradicionais e a filigrana de integração em que a jóia de forma tradicional é composta unicamente de filigrana trabalhada sobre um ”esquelete” ou armação. Exemplos de peças em filigrana: arrecadas oscilantes, brincos á Rainha, brincos á camponesa, pingentes, coração, Cruz de Malta, Borboletas, Alfinetes de flor e de laço, Argolas de Requife, Colar de olho de perdiz, Custódia, Brincos de marchanta ou carniceira.
As peças mais conhecidas são os corações, borboletas em filigrana de ouro e as brasileiras ( um cordão típico) que nas Festas da Agonia todas as raparigas trazem ao pescoço, com as suas vestes folclóricas.


Para além dos produtos citados em cima, temos também a loiça (artesanato mais tradicional da cidade ) .

Louça de Viana

Para além dos produtos citados em cima, temos também a loiça (artesanato mais tradicional da cidade ) .
Viana do Castelo apresenta um dos centros cerâmicos mais qualificados de Portugal. A origem da fábrica da louça de Viana remonta o ano de 1774 e iniciou a sua actividade em Darque, no lugar do Cais Novo, actualmente continua a sua actividade na Meadela.
A pasta utilizada na produção das peças é feita com o finíssimo caulino oriundo de Alvarães, ao qual é adicionado barro e areia. É uma pasta fina e de dureza relevante, através da qual se produz louça leve e delicada, em formas e cores alegres, com motivos de elementos vegetais, geométricos e formas humanas.
A louça de Viana é pintada à mão sobre fundo leitosos e muito apreciada pelos coleccionadores devido à variedade e originalidade das formas e da decoração, com predomínio do azul e da cor-de-vinho. Cada peça é rigorosamente pintada à mão e é única, um objecto pintado de manhã nunca será igual a outro pintado à tarde, tudo depende da personalidade do artista.
Tipos de Louça

· Louça utilitária: Esta louça permite o uso directo do frigorífico e do forno. O seu comportamento é inalterável às diferenças de temperatura. Estas peças formam serviços e conjuntos.

· Louça decorativa: É muito apreciada pela sua consistência, variedade e originalidade das formas. Tem como cores predominantes o azul, amarelo, verde e cor-de-vinho.

· Peças de Colecção: São peças especialmente concebidas para coleccionadores, são peças exclusivas de edição limitada a 500 exemplares.

Gastronomia

A gastronomia de uma região é um dos aspectos mais marcantes e Viana do Castelo não foge à regra.
Na região da Costa Verde, podemos encontrar todos os deliciosos pratos do norte, como o caldo verde, o bacalhau, os rojões, o pato com arroz, entre outros pratos regionais. Em Viana do Castelo, o arroz com bacalhau e o polvo à Margarida da Praça. Em Caminha, o eiroz cozido e o sargo. Em Paredes de Coura, o bacalhau à Miquelina; em Monção, o cabrito assado, o sável e a lampreia; em Melgaço, os presuntos; no Porto, as famosas tripas.Em relação às sobremesas, podemos saborear ricos e variados doces confeccionados, tradicionalmente, pelas freiras - "São Gonçalo" e "papos de anjo", o "doce de travessa", o "arroz doce" e a "aletria", as "rabanadas", os "sonhos" e os "mexidos", o delicioso "pão de ló" (o de Ovar é especialmente reputado) e os doces à base de gema de ovo e de massa de amêndoa. Quantos a bebidas, os vinhos do Porto e os vinhos Verdes são o máximo.

Lenda do Rio Lima

Diz-se que quando as legiões romanas chegaram, no século I a.C., à foz do rio Lima, de tal forma se assombraram com a paisagem que pensaram estar às portas do paraíso, com o Lethes, o rio do esquecimento mesmo à sua frente. E estes homens recusaram-se a dar mais um passo. O cônsul que os acompanhava, empunhando o estandarte de Roma, atravessou o rio a vau. Aí chegado, chamou os seus homens um por um pelo seu respectivo nome. Só assim se convenceram os soldados que o Lima não era o rio do esquecimento.



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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Palácio do Buçaco

O Palácio Real, último legado dos reis de Portugal situado na Mata do Buçaco (Luso, concelho da Mealhada), é um conjunto arquitectónico, botânico e paisagístico único na Europa onde está instalado actualmente o Palace Hotel do Buçaco, categorizado como um dos mais belos e históricos hotéis do mundo. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público, em 1996. Situado como que magicamente no interior da Mata Nacional do Buçaco assemelha-se a uma Torre de Belém (Lisboa) rodeada de um extenso oceano verde, uma floresta mágica onde se encontram igualmente , capelas, fontes, miradouros uma Via Sacra e um Convento.
O edifício do actual hotel, em estilo neomanuelino, está decorado com painéis de azulejos, frescos e quadros alusivos à Epopeia dos Descobrimentos Portugueses, todos eles assinados por alguns dos grandes mestres das artes.
O edifício, projectado no último quartel do séc. XIX pelo arquitecto italiano Luigi Manini, contou também com intervenções, em diferentes fases, de outros arquitectos.
A estrutura exibe perfis da Torre de Belém lavrados em pedra de Ançã, motivos do claustro do Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa), alguns arabescos e florescências do Convento de Cristo (Tomar), alegando um gótico florido com episódios românticos em contraste com uma austera severidade monacal.
No seu interior, verdadeiro ambiente palaciano ornamentado com notáveis obras de arte de grandes mestres portugueses da época, desde a colecção de painéis de azulejos do mestre Jorge Colaço, evocando Os Lusíadas, os Autos de Gil Vicente e a Guerra Peninsular, graciosas esculturas de António Gonçalves e de Costa Mota, as admiráveis telas de João vaz ilustrando versos da epopeia marítima de Luís Vaz de Camões, os frescos de António Ramalho ou as valiosas pinturas de Carlos Reis. O mobiliário, verdadeiro património museológico inclui peças portuguesas, indo-portuguesas e chinesas, realçadas por faustosas tapeçarias. Destaque ainda para o tecto mourisco, o notável soalho executado com madeiras exóticas e a galeria real.
Os jardins e parque envolvente, o Convento de St.ª Cruz do Buçaco, o Deserto monacal, o Sacromonte simbolizando Jerusalém e a paixão de Cristo, com os seus passos da Via Sacra, a Cruz Alta, as inúmeras ermidas e capelas, constituem o mais vasto conjunto arquitectónico edificado desde sempre pela Ordem dos Carmelitas Descalços; o Vale dos Fetos e seus lagos, a Fonte Fria com a cascata artificial, de forte influência italiana pela mão de D. Maria Pia, e os românticos miradouros, são lugares preenchidos como que por magia com um enquadramento perfeito para contacto chegado com a natureza
Célebres também são os pôres - do - sol nas Portas de Coimbra, em St.º ou no Caifaz. O Museu Militar do Buçaco convida a uma interessante incursão no historial da Guerra Peninsular, com destaque para a batalha do Buçaco na qual, em 1810, as tropas anglo - luso lideradas pelo Duque de Wellington derrotaram o exército napoleónico.




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Chaminés Algarvias

São as chaminés da vaidade.Cilíndricas ou prismáticas, quadradas ou rectangulares, simples ou elaboradas, as chaminés algarvias são um símbolo da região e uma prova da influência de cinco séculos de ocupação árabe. Um legado arquitectónico e ornamental presente em grande parte das cidades e vilas do sul de Portugal e visível nas ruas estreitas, na estrutura das casas e no ar de minaretes das chaminés que adornam os telhados.E no Algarve não havia duas chaminés iguais, porque os mais ou menos elaborados motivos decorativos dependiam sempre dos dias de construção, do prestígio, da vaidade e das posses do proprietário. Aliás, era costume entre os mestres pedreiros perguntar quantos dias queriam de chaminé para avaliar o valor da chaminé a construir, que se traduzia no tempo que a mesma demorava a erigir. Quanto mais delicada e difícil era a sua elaboração, mais dispendiosa se tornava. A cor predominante era o branco da cal, mas honrosas excepções mostram ainda hoje alguns motivos coloridos, sobretudo em tons ocres e azuis. Esta é uma das principais razões por que as chaminés algarvias ostentam as mais variadas formas, desde as simples ranhuras, aos complicados e belos rendilhados, ou à representação em miniatura de torres de relógio ou de casas. Mas sempre um símbolo visível da arte popular, uma prova de perícia para cada pedreiro e um motivo de orgulho para qualquer proprietário. Mais do que pura utilidade, as chaminés algarvias desempenhavam um papel ornamental, sendo prova disso a presença de duas chaminés nas casas de campo, numa região em que as condições climatéricas pouco o justificam. A chaminé de uso e também a mais simples e mais funcional ficava situada na casa do forno, onde era costume fazer as refeições, enquanto a chaminé rendilhada, mais pequena e personificada, ocupava um lugar de destaque na cozinha da própria casa, compartimento apenas utilizado para receber visitas ou organizar festas.Em termos práticos, a chaminé era considerada um sinal de presença de pessoas nas casas, um bom indício do estado do tempo e o local onde era marcada a data de construção da casa.Conclusão: Uma arte de formas geométricas e rendilhados diversos, rematada a cal, que simboliza o prestígio e a vaidade dos proprietários.



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Alcoutim


Alcoutim é um paraíso de tranquilidade entre a serra do Caldeirão e o rio Guadiana, fronteira natural com a vizinha Espanha.
Longe do bulício das praias do Litoral, esta terra ainda conserva muitas das tradições enraizadas por uma cultura milenar. A sua paisagem singular, com o Rio Guadiana serpenteando as vilas ribeirinhas, dão-lhe um cariz nostálgico. Alcoutim é um concelho com história, patente no harmonioso Castelo e nos inúmeros vestígios arqueológicos, localizados nesta terra, escolhida por diferentes civilizações. Uma terra com carisma, onde o artesanato tradicional representa o elo de ligação da sua cultura através das várias gerações de Alcoutenejos. É assim Alcoutim, uma reserva turística para aqueles que são atraídos pelo pitoresco, pela natureza e pelas tradições.
História - As origens de Alcoutim devem remontar ao Calcolítico, onde se terá fixado uma tribo celtibética, Nos princípios do século II a.C. foi ocupada pelos Romanos, que lhe deram o nome de Alcoutinium. Em 415 foi conquistada pelos Alanos e um século depois pelos Visigodos. Durante 73 anos esteve sob domínio bizantino, entre 552 e 625. Nos princípios do século VIII passou para o domínio dos Mouros, que fortificaram a povoação. Em 1240, no reinado de D. Sancho II, Alcoutim é integrada no território português e em 1304, D. Dinis dotou-a de foral, mandando reedificar as muralhas e o castelo. Este monarca doou a vila à Ordem Militar de São Tiago. Aqui foi celebrado um tratado (Paz de Alcoutim) entre o rei de Portugal D. Fernando I e D. Henrique, rei de Castela, que pôs fim à primeira guerra fernandina. Em 1520, D. Manuel reformou o anterior foral e elevou a vila a condado a favor dos primogénitos dos Marqueses de Vila Real. O facto de os donatários terem seguido o partido espanhol durante o período de dominação filipina, levou a que os seus bens revertessem, a partir de 1641, a favor da Casa do Infantado. Entretanto Alcoutim foi palco de escaramuças militares durante a Guerra da Restauração, podendo-se destacar, em 1642, o duelo de artilharia travado com S. Lucar del Guadiana. Esta localidade chegou mesmo a ser ocupada militarmente durante algum tempo pelas forças portuguesas no ano de 1666. Os últimos conflitos aconteceram entre Liberais e Miguelistas que disputaram a posse do rio Guadiana. Diz-se que o célebre Remexido incendiou algumas repartições da vila. Nos meados do século XIX ainda mantinha as muralhas com as suas três portas: a do Guadiana, a de Mértola e a de Tavira. Ultimamente tem sido muito descaracterizada.
Artesanato - A região mantém bem vivo o seu artesanato, eminentemente ligado à vida rural, com peças que vão das tradicionais mantas de lã ou de trapos, à cestaria em cana e vime, olaria, bordados e rendas, toalhas de linho, arranjos florais em palha de milho, bonecas de juta, e tantas outras. A caça, a carne de porco e de borrego, e o peixe do rio constituem a base de uma rica e diversificada gastronomia, onde se destaca também uma apetitosa doçaria que reflecte, em grande parte, a abundância de mel, figos e amêndoas do Algarve.
As manifestações artesanais como foi citado em cima prendem-se à vida rural e são constituídas, na maioria das vezes, por objectos predominantemente utilitários. Outrora, os excedentes eram comercializados nos mercados algarvios e alentejanos, hoje assiste-se ao gradual desaparecimento de actividades com tradições seculares: a latoaria, a marcenaria, a ferragem, a cestaria, a tecelagem, a olaria, etc. Um pouco por todo o concelho é ainda possível adquirir junto das tecedeiras as tradicionais peças de lã ou de linho: toalhas, mantas, alforges, sorianos, etc. Apesar da sua recente criação, destacam-se, como manifestações figurativas, os bonecos de juta, representando figuras típicas da região. Feitos numa oficina artesanal em Martilongo (A Flor da Agulha) encontram-se nos principais centros turísticos algarvios. Uma palavra de referência merecem as flores de palha de milho de Lutão de Baixo.
Por tudo isto, aliado à hospitalidade e simpatia das suas gentes, Alcoutim merece a sua visita.
Gastronomia:
A proximidade do rio Guadiana, a riqueza cinegética e a agricultura praticadas no concelho de Alcoutim, reflectem-se na sua gastronomia. Os pilares da alimentação no concelho são sobretudo a carne de porco, o pão e o azeite.
A carne de porco é um dos pilares mais importantes na riqueza gastronómica alcouteneja.
O pão é utilizado para confeccionar diversos tipos de pratos e tem a vantagem de se poder aproveitar mesmo depois de duro - as migas, sopas, açordas, gaspacho ou ensopados são habitualmente confeccionados a partir de pão duro.
O azeite é conseguido através da azeitona, fruto da oliveira. Depois da apanha da azeitona, seleccionam-se as que servem para fazer conserva e as que serão transformadas em azeite. Mas como se consegue o azeite? Na sua forma tradicional a azeitona era moída em moinhos, a massa era espremida em "queijeiras", colocava-se a massa numa bolsa de pano cru e juntava-se água bem quente, espremendo-se até sair todo o azeite, que corria para um alguidar de barro com um orifício na parte inferior tapado com um pequeno pau, que no final era retirado, saindo a "água ruça" e ficando o azeite1. O azeite é gordura essencial para a confecção dos pratos ou tempero dos alimentos.
Gaspacho

Nas zonas mais próximas do rio Guadiana, o peixe também faz parte dos pilares da alimentação, nomeadamente a lampreia, a enguia, o barbo e o muge. Estas bases são complementadas pelos produtos da horta (frutas, legumes e hortaliças), pelas árvores (oliveira, amendoeira, figueira e medronheiro, etc.) e pelas plantas e ervas aromáticas (orégãos, poejos, coentros, etc.)
No campo da doçaria, de realçar o bolo de massa de pão, o nógado, filhós, folares e azevias.
A acompanhar as refeições não pode faltar um bom vinho caseiro e como digestivo uma aguardente de figo ou de medronho ou um dos licores tradicionais.




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Aveiro



Aveiro é uma cidade portuguesa, conhecida como a "veneza portuguesa".

Em finais do século XVI, princípios do XVII, a instabilidade da vital comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a utilização do porto e criando condições de insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da laguna, causas estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes - muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa portuguesa - e, consequentemente, estiveram na base de uma grande crise económica e social. Foi, porém e curiosamente, nesta fase de recessão que se construiu, em plena dominação filipina, um dos mais notáveis templos aveirenses: a Igreja da Misericórdia.

Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter condenado por traição, ao cadafalso, o seu último duque, título criado, em 1547, por D. João III. Por essa razão, à nova cidade foi dado o nome de Nova Bragança em vez de Aveiro. Esse nome foi mais tarde abandonado, voltando a cidade à denominação anterior.


Em tempos um grande porto marítimo, esta calma cidade é conhecida pelo encanto dos seus canais e, especialmente, pela Ria, uma lagoa que liga Aveiro ao mar.Junto à costa, a praia cosmopolita de Espinho é um sítio a não perder. Há uma dúzia de anos atrás representava o que o Algarve, no Sul do país, representa actualmente para os Portugueses que pretendem gozar férias.

Costa Nova -Entre a Ria de Aveiro e o mar fica uma península, e é aqui que se encontra a Costa Nova, com as suas casas com riscas coloridas derivadas das originais casas de madeira dos pescadores. Estas casas de madeira são cada vez mais raras de encontrar.
A Praia da Costa Nova é uma praia de areia muito fina e normalmente ventosa. O mar é bastante mexido, o que é habitual nas praias do norte do país. Tem boas condições para a prática do surf e windsurf.



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Quinta da Regaleira

Situada em pleno Centro Histórico de Sintra, classificado Património Mundial pela UNESCO, a Quinta da Regaleira é um lugar com espírito próprio. Edificado nos primórdios do Século XX, ao sabor do ideário romântico, este fascinante conjunto de construções, nascendo abruptadamente no meio da floresta luxuriante, é o resultado da concretização dos sonhos mito-mágicos do seu proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920), aliados ao talento do arquitecto-cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936).


A imaginação destas duas personalidades invulgares concebeu, por um lado, o somatório revivalista das mais variadas correntes artísticas - com particular destaque para o gótico, o manuelino e a renascença - e, por outro, a glorificação da história nacional influenciada pelas tradições míticas e esotéricas.
A Quinta da Regaleira é um lugar para se sentir. Não basta contar-lhe a memória, a paisagem, os mistérios. Torna-se necessário conhecê-la, contemplar a cenografia dos jardins e das edificações, admirar o Palácio dos Milhões, verdadeira mansão filosofal de inspiração alquímica, percorrer o parque exótico, sentir a espiritualidade cristã na Capela da Santíssima Trindade, que nos permite descermos à cripta onde se recorda com emoção o simbolismo e a presença do além. Há ainda um fabuloso conjunto de torreões que nos oferecem paisagens deslumbrantes, recantos estranhos feitos de lenda e saudade, vivendas apalaçadas de gosto requintado, terraços dispostos para apreciação do mundo celeste.

A culminar a visita à Quinta da Regaleira, há que invocar a aventura dos cavaleiros Templários, ou os ideais dos mestres da maçonaria, para descer ao monumental poço iniciático por uma imensa escadaria em espiral. E, lá no fundo com os pés assentes numa estrela de oito pontas, é como se estivéssemos imerses no ventre da Terra-Mãe. Depois, só nos resta atravessar as trevas das grutas labirínticas, até ganharmos a luz, reflectida em lagos surpreendentes.



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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Espigueiros do Lindoso


Lindoso é a freguesia de maior área do concelho de Ponte da Barca. É uma região de clima rigoroso, frio no Inverno, com neve até à Primavera e temperatura amena ou quente no Verão, e chuvas abundantes que atingem uma precipitação média anual superior aos 2200mm.
Povoação típica composta por velhas casas de granito, bem inseridas na paisagem, subsistindo ainda em algumas instalações agrícolas a cobertura de colmo.
Vales profundos cortam a montanha descendo até cerca de 250 metros de altitude, conduzindo abundantes águas ao leito encaixado de vertentes abruptas do rio Lima, características que justificaram o recente aproveitamento hidroeléctrico do Alto - Lindoso.
Castelo Afonsino (classificado monumento nacional), reconstruído por D. Dinis, em 1278, com baluartes e torre de menagem, alterado na época da Restauração.
Largo dos Espigueiros - (classificado IIP), ao lado do castelo existe uma eira composta por 50 espigueiros dos séculos XVII e XVIII, apresentando um aglomerado único no país e de rara beleza. Este conjunto de espigueiros que vem sempre referido, com destaque e com gravura obrigatória, em todos os livros de arquitectura popular nacionais ou mundiais. Alguns dos espigueiros têm dois andares, sendo todos construídos em granito (mesmo os balaústres das aberturas) e encimados por cruzes ou signos de Salomão.
A função dos espigueiros é para a secagem de cereais, mais concretamente o milho.
Inteiramente de pedra, cada exemplar apoia-se em vários pilares curtos, assentes na rocha e encimados por mós ou mesas. Sobre eles, repousa o espigueiro que tem uma cobertura de duas lajes de granito unidas num ângulo obtuso, ornamentado nos vértices com cruzes protectoras, que também servem para arejar o espigueiro.



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Cabo Carvoeiro


O Cabo Carvoeiro situa-se no extremo da Península de Peniche, sobre o Oceano Atlântico. É um local de grande valor natural e paisagístico, com grande variedade de falésias calcárias fortemente erodidas e campos de lapiás.
É o ponto mais ocidental de Portugal a norte do Cabo da Roca. A oeste pode avistar-se o pequeno arquipélago das Berlengas, integrado numa reserva natural terrestre e marinha. Na vizinha Gruta da Furninha, foram encontrados vestígios de ocupação humana remontando à pré-história.




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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Lisboa


A região na qual se insere Lisboa, no Oeste da Península Ibérica, é uma zona que foi ocupada deste tempos primitivos, desde o Neolítico. Desde aí até aos dias de de hoje são muitas as páginas que escreveram a cultura ibérica, da sua população, das suas guerras, e da sua história, ao fim e ao cabo.
Na história dos lisboetas várias são as etapas que devemos destacar, como os Celtas, os Iberos, os Romanos, Cartagineses, Gregos, etapas comuns de toda a península ibérica, tal como a chegada dos Muçulmanos, a Reconquista e o descobrimento da América!
A história de Lisboa e de Portugal esteve muito ligada a Espanha deste tempos remotos, e serve de exemplo aos que ambos os países sofreram, como por exemplo durante o Século XX, a ditadura militar com Salazar e Franco, respectivamente em Portugal e Espanha sendo que ambos os países derrubaram a ditadura e instauraram a democracia, republicana em Portugal, e monárquica, em Espanha.

História de Lisboa
Pré-história - Existem vestígios de ocupação humana na área que hoje é Lisboa de há muitos milhares de anos, atraídos pela proximidade do rio Tejo. Os primeiros habitantes humanos da região teriam sido os Neandertais, extintos há cerca de 30.000 anos pela chegada à Península do Homem moderno. Durante o período Neolítico, os povos Iberos da região construiram os megalitos de função religiosa, tal como os restantes povos da Europa Atlântica: dólmenes, menires e cromeleques terão sido comuns, e alguns ainda sobrevivem hoje na zona.

Alis Ubbo: A fundação fenícia -Diz a lenda popular e romântica que a cidade de Lisboa foi fundada pelo herói mítico Ulisses. Recentemente foram feitas descobertas arqueológicas perto do Castelo de S. Jorge e da Sé de Lisboa que comprovam que a cidade terá sido fundada pelos Fenícios cerca de 1200 a.C.. Nessa época os fenícios viajavam até às Ilhas Scilly e à Cornualha, na Grã - Bretanha, para comprar estanho aos nativos.
O Mar da Palha ou estuário do Tejo é o melhor porto natural do percurso e o rio uma importante via para as trocas de alimentos e metais com as tribos do interior, tendo sido, talvez precisamente por isso, fundada a colónia chamada Alis Ubbo, que na língua fenícia significa "porto seguro" ou "enseada amena" (sendo provavelmente afilhada da grande cidade de Tiro, actualmente no Líbano). A colónia estendia-se desde a colina onde hoje se situam o Castelo e a Sé, até ao rio, que chamavam Daghi ou Taghi (que significa "boa pescaria" em fenício).
Com o desenvolvimento de Cartago, também ela uma colónia fenícia, o controlo de Alis Ubbo passou para essa cidade. Durante séculos, fenícios e cartagineses terão desenvolvido a cidade a partir do que foi um simples entreposto comercial para o comércio nos mares do Norte, para um importante mercado onde eram trocados os seus produtos manufacturados pelos metais, peixe salgado e sal da região e das tribos contactadas pela via fluvial do Tejo. Os cavalos, antepassados dos actuais cavalos lusitanos, já eram então famosos no Mediterrâneo pela sua velocidade, tendo Plínio afirmado que as éguas do Tejo deveriam ser fecundadas pelo vento.
Os primeiros judeus chegaram sem dúvida com os Fenícios, seus vizinhos. O Hebreu é praticamente idêntico ao Fenício e era raro o barco fenício que não levava mercadores ou sócios da Judeia.
Com a chegada dos Celtas, estes misturaram-se com os Iberos locais, dando origem às tribos de língua Celta da região, os Conni e os Cempsi.
Os antigos Gregos tiveram provavelmente na foz do Tejo um posto de comércio durante algum tempo, mas os seus conflitos com os Cartagineses por todo o Mediterrâneo levaram sem dúvida ao seu abandono devido ao maior poderio de Cartago na região nessa época.
Por outro lado, o sufixo "ippo" (ipo) é caracteristico de áreas de influência tartéssica ou turdetana .
Os deuses Aracus, Carneus, Bandiarbariaicus e Coniumbricenses eram venerados em "Lisboa" na época pré-romana, pelos Túrdulos da região.
( Este texto terá continuação dentro em breve )



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Barcelos


Cidade pequena e agradável, Barcelos é, segundo muitos autores, uma povoação antiquíssima habitada desde o paleolítico e sede de concelho no tempo dos romanos. Outros, porém, defendem que o burgo só teve início com a fundação da nacionalidade. Controversa é, de igual modo, a origem do seu nome. Há quem defenda que vem da "barca-Celani", eventualmente a denominação mais antiga do rio Cávado, e há quem diga que vem de "barcela", designação popular no norte de Portugal e na Galiza , que significa "terra ribeirinha e plana".Indiferente às questões teóricas, Barcelos cresceu, tornando-se no que é hoje o maior município de Portugal. Com 89 freguesias impõem-se pela sua agricultura, indústria, cultura e património. Já no século XV, a então vila gozava de grande prestígio: o apoio que dava aos viandantes, a experiência da Colegiada instituída pelo arcebispo de Braga, a comunidade judaica, o urbanismo civil e religioso foram importantes contributos para a boa fama. A estes há somente a acrescentar a feira de Barcelos, já então a maior do Minho.
Hoje como ontem, todas as quintas feiras, a cidade acorda mais cedo; o Campo da Feira enche-se de cor e som e, no mercado popular, encontra-se de tudo um pouco, desde os produtos da terra até ao artesanato típico da região.
Atravessando a antiga ponte sobre o Rio Cávado, entramos numa das localidades mais emblemáticas da arte popular minhota, Barcelos. Barcelos é uma cidade antiga, situada num local com vestígios arqueológicos desde a Pré-História, mas foi no séc. XII que sua história começou, primeiro quando D. Afonso Henriques lhe concedeu foral e a tornou vila e depois quando D. Dinis, em 1298, quis compensar o seu mordomo-mor João Afonso e o tornou conde, doando-lhe a povoação em título. Em 1385, o Condestável Nuno Álvares Pereira tornou-se o 7º Conde de Barcelos. Entregaria Barcelos como dote no casamento da filha D. Beatriz com D. Afonso, bastardo do rei D. João I. Começou então uma época de grande desenvolvimento e dinâmica para Barcelos, revelado com a construção da ponte, a muralha, de que resta a Torre da Porta Nova, do Paço dos Duques e da Igreja Matriz. São estes monumentos que constituem hoje o centro histórico da cidade que mantém um agradável ambiente medieval pontuado por solares e casas históricas como o Solar dos Pinheiros ou a Casa do Condestável. Um passeio a Barcelos não pode dispensar o antigo Largo da Feira, hoje Campo da República, onde se encontram as setecentistas Igrejas do Bom Jesus da Cruz, e da Nossa Senhora do Terço e onde se realiza a maior feira de artesanato do país, todas as quintas-feiras. Se perder a feira semanal, visite o Museu da Olaria e o Centro de Artesanato de Barcelos, onde tem uma boa perspectiva sobre a expressão artística minhota. De todas as peças aqui produzidas, o colorido Galo de Barcelos é o mais representativo, não esquecendo as bandas de música e as figuras retratando hábitos e costumes da região. À beira do rio Cávado, Barcelos é uma cidade alegre e risonha como as gentes do Minho. Se gosta de festas e romarias, a Festa das Cruzes é um mergulho na luz e cor da tradição. E se e gosta de feiras, todas as quintas-feiras há uma que tem de tudo: hortaliças, ourivesaria, roupa de casa, ferrarias, loiças e...bons petiscos. E todos ficam encantados com as figuras coloridas e cheias de imaginação do seu artesanato.
A vila foi oferecida pelo rei D. Dinis ao primeiro Conde de Barcelos em 1298. Se entrar pela ponte gótica que atravessa o rio, vê logo todo o núcleo deste tempo medieval: as ruínas do antigo palácio dos Condes, mais tarde Duques de Bragança, que se impõem na paisagem, a igreja Matriz, o Pelourinho. O terreiro do Paço é o cenário de um interessante Museu Arqueológico ao ar livre. Dê uma atenção especial ao Cruzeiro do Senhor do Galo, que conta num baixo-relevo a lenda do Galo, que Barcelos adoptou para ex-libris. No solar dos Pinheiros procure um velho de grandes barbas gravado na pedra. É o "Barbadão", protestando vingança contra um cavaleiro do Paço dos Duques que lhe desonrou a filha.
Das antigas muralhas resta uma robusta torre de menagem, bonito espaço para o Posto de Turismo. Dê um passeio no agradável jardim de sabor barroco e visite a Igreja do Senhor Bom Jesus da Cruz. É um templo muito elegante, que mistura no exterior a pedra escura do granito e o branco da cal que tão bem se harmonizam com as formas barrocas.




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Olhão Cidade Cubista

Olhão - é uma cidade portuguesa no distrito de Faro.
Diz-se que Olhão, terá derivado da palavra árabe, «AL-HAIN», que significa fonte nascente, e que sofrendo as modificações fonéticas e fonológicas, naturalmente terão levado ao aparecimento do termo «ALHAM», depois «OLHAM» e finalmente OLHÃO. Na versão popular e segundo velhos testemunhos, Olhão é o aumentativo do substantivo comum "olho", com origem num grande "Olho de Água" (fonte, nascente ou poço de grande caudal), já que na zona existiam abundantes olhos de água, o que originou a construção das primeiras "palhotas", feitas em cana e colmo.Olhão, localidade piscatória no coração do Algarve, é apelidada de cidade cubista devido às construções em forma de cubos sobrepostos, datados do século XVIII, que se encaixam por entre as ruas apertadas e sinuosas de cariz marcadamente islâmico.
As casas brancas, com terraços de inspiração árabe e platibandas debruadas a cinzento e azul, são o orgulho da cidade. Uma arquitectura caracterizada pela peculiar geometria, com açoteias, mirantes, contramirantes, torres e varandas, que o bairro da Barreta, próximo dos mercados municipais, teima em preservar.
A açoteia, frequente no litoral algarvio, mas predominante em Olhão, corresponde à procura das vistas largas, mas também à necessidade de um espaço privado, onde se seca a fruta e o peixe, e onde se encontra o descanso nas noites quentes do Verão.
Esta herança patrimonial só foi, no entanto, construída a partir do século XVIII. Os olhanenses, inspirados pelo contacto permanente com as gentes de Marrocos, iniciaram a edificação das suas casas de modo semelhante, recorrendo às formas cúbicas e à cal. Os proveitos da pesca possibilitaram o crescimento da localidade, e em 1790 todos os casebres de madeira onde moravam os pescadores tinham sido transformados em casas quadradas, com chaminés rendilhadas e açoteias no lugar dos telhados.
" A cidade está directamente à beira-mar, sobre uma superfície de aluvião arenosa. É toda edificada regularmente e dá-nos a impressão perfeita de ter sido arrancada de algures no deserto e posta aqui. Que delícia para um pintor cubista! ." - Jakob Job




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Guimarães " Berço da Nacionalidade "

Guimarães - é uma cidade portuguesa situada no distrito de Braga.
É uma cidade histórica, com um papel crucial na formação de Portugal, e que conta já com mais de um milénio desde a sua formação, altura em que era designada como Vimaranes
Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo o seu centro histórico considerado Património Cultural da Humanidade, tornando-a definitivamente um dos maiores centros turísticos da região. As suas ruas e monumentos respiram história e encantam quem a visita.
A Guimarães actual soube conciliar, da melhor forma, a história e consequente manutenção do património com o dinamismo e empreendedorismo que caracterizam as cidades modernas.
Guimarães é muitas vezes designada como "Cidade Berço", devido ao facto aí ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D.Henrique e por seu filho D. Afonso Henrique poder ter nascido nesta cidade e fundamentalmente pela importância histórica que a Batalha de S. Mamede, travada na periferia da cidade em 24 de Junho de 1128, teve para a formação da nacionalidade. Contudo, as necessidades da Reconquistae de protecção de territórios a sul levou esse mesmo centro para Coimbra em 1129.
Os "Vimaranenses" são orgulhosamente tratados por "Conquistadores", fruto dessa herança histórica de conquista iniciada precisamente em Guimarães.




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